sexta-feira, 16 de maio de 2008

Pororoca


A pororoca (do tupi "poro'roka", de "poro'rog", estrondar) é um fenômeno natural produzido pelo encontro das correntes fluviais com as águas oceânicas.

É melhor percebido quando da mudança das fases da Lua, ou seja, desde dois dias antes até três dias após, particularmente nos equinócios em cada hemisfério, e com maior intensidade quando das ocorrências de maré viva (sizígia), nas Lua Cheia e Nova.

O fenômeno das marés, ao elevar o nível das águas oceânicas, faz com que as mesmas invadam a desembocadoura dos rios, podendo formar ondas de até dezenas de metros de largura, com até três a cinco metros de altura, e velocidades de até 10 a 15 milhas por hora (trinta a cinqüenta quilômetros por hora).


O fenômeno manifesta-se, no Brasil, na foz do rio Amazonas e afluentes do litoral paraense e amapaense (rio Araguari, rio Maiacaré, rio Guamá, rio Capim, rio Moju), e na foz do rio Mearim, no Maranhão. Esse choque das águas derruba árvores de grande porte e modifica o leito dos rios.

Outros rios no mundo apresentam, em diferentes escalas, o mesmo fenômeno, com outras designações:

* na França, na foz dos rios Gironda, Charante, Sena, é conhecido como mascaret e barre;
* na Inglaterra, na foz dos Tamisa, Severn, Trent e no Hughly, com o nome de bore
* em Bangladesh, na foz do rio Megma, no delta do Bramaputra, como macaréu;
* na China, na foz do Yangtzé, denominado em chinês como trovão e pelos britânicos de cager.
* na foz de rios em Bornéu e Sumatra, no Extremo Oriente;
* nos Estados Unidos da América, na foz dos rios Colúmbia e Colorado.

Recentemente, no Brasil, o fenômeno tem atraído praticantes do surfe, transformando-se numa atração turística regional amazônica.

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